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Imagem: Mint_Images, de envatoelements

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24/11/2020

Resiliência deverá ser o grande aprendizado que o empreendedorismo brasileiro vai levar da pandemia do novo coronavírus. A constatação é de Janguiê Diniz, fundador e presidente do Conselho de Administração da Ser Educacional (SEER3), que pode falar de carteirinha sobre o assunto: de origem humilde, Janguiê começou aos 8 anos a trabalhar como engraxate. Aos 41, promoveu a estreia da Ser na bolsa de valores, em 2013. Agora é a vez de todo o setor de educação se adaptar para enfrentar com rapidez e eficiência o “novo normal” imposto pela covid-19.

“Em educação, vai ser 60% digital e 40% presencial”, diz o empresário, que deu o pontapé no setor em 1996 em Recife, ao perceber a lacuna de boas escolas para concursos. Nesta terça-feira (24), Janguiê vai abrir a segunda edição do Summit Êxito de Empreendedorismo, uma grande conferência online que acontece até o próximo domingo, 29, com mais de 130 nomes de peso do mercado brasileiro.

“Os empreendedores têm que ser resilientes e, no mundo atual, têm que estar no digital. Toda e qualquer empresa hoje deve usar a tecnologia como instrumento de inovação, se digitalizar para não sucumbir e ficar para trás, mesmo aquelas que são eminentemente presenciais”, afirma Janguiê, em entrevista ao E-Investidor.

É preciso, contudo, não confundir inovação com tecnologia, pois esta é apenas um dos instrumentos para quem deseja inovar. A criatividade é fundamental para quem busca novas maneiras de fazer as mesmas coisas. “Isso é inovação para se destacar e sobreviver neste mundo disruptivo, que muda repentinamente”, explica.

Em 2020, o Summit Êxito tem como temática principal “Empreendedorismo, Tecnologia e Inovação em uma sociedade disruptiva”. Ao todo, serão seis dias de palestras, painéis e debates com grandes nomes do empreendedorismo nacional, como o presidente do Crédit Suisse no Brasil, José Olympio, o presidente da XP Investimentos, Guilherme Benchimol, e o fundador do BTG Pactual, André Esteves.

Confira a seguir a entrevista com Janguiê Diniz.

E-Investidor: O que foi mais marcante para o empreendedorismo na pandemia?
Janguiê Diniz: A maioria das empresas, infelizmente, teve dificuldade, perdeu valor, faturamento, lucratividade, Ebtida, salvo aquelas que se destacaram na área digital, no e-commerce, no delivery. Muitas dessas empresas cresceram. Em momentos de crise, o empreendedor tem que ser resiliente, procurar ser tolerante, se adequar às adversidades e dificuldades e aproveitar algumas oportunidades que crises também trazem.

Esse é o aprendizado que fica?
Os empreendedores têm que ser resilientes e, no mundo atual, têm que estar no digital. Toda e qualquer empresa hoje precisa usar a tecnologia como instrumento de inovação, se digitalizar para não sucumbir e ficar para trás, mesmo aquelas que são eminentemente presenciais. As empresas que efetuaram a transformação digital, ainda que não tenham conseguido sair da crise, vão sair assim que passar tudo isso.

O evento focará muito em tecnologia. O senhor avalia que as empresas precisarão ficar mais tecnológicas?

As pessoas pensam que inovação é apenas utilização de tecnologia. Tecnologia é apenas um instrumento da inovação. Inovar hoje é você executar ideias, ser criativo e aplicar a criatividade, ou seja, agir. Apesar de a tecnologia não ser exclusivamente inovação, ela é um dos mais importantes instrumentos da inovação. Então você tem que estar sendo sempre criativo, inovador, mesmo que faça a mesma coisa, mas de forma diferente. Isso é inovação para se destacar e sobreviver nesse mundo disruptivo que muda repentinamente.

Qual foi o impacto da pandemia para a Educação?
A educação já não é mais a mesma desde o início da pandemia. Ela já vinha numa profunda transformação, mas cinco anos se transformaram de repente em três meses. A educação hoje passa a ser, não exclusivamente, mas preponderantemente digital e online.

Como a Ser passou pela crise?
Até 2025, esperávamos ter 50% das matrículas do ensino superior à distância. Com a pandemia, já em 2021, ou 2022 no máximo, já teremos mais de 50% à distância, um ensino eminentemente digital. Aquela educação que era majoritariamente presencial e EAD secundária, passou a ser híbrida. Vou dizer, sem medo de errar, que o futuro da educação mundial vai ser 60% digital e 40% presencial.

eInvestidor, escrita por Issac de Oliveira

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