O número de estudantes matriculados em cursos técnicos no Brasil continua em crescimento. De acordo com levantamento divulgado em 2023, o país ultrapassou a marca de 2,4 milhões de matrículas em educação técnica de nível médio — um crescimento de mais de 27% em relação a dois anos anteriores.
Esse avanço revela uma mudança de mentalidade: cada vez mais estudantes percebem a formação técnica como um caminho estratégico para conquistar o primeiro emprego, evoluir na carreira e alcançar autonomia financeira mais rapidamente.
Diferente da formação universitária, que exige longos anos de estudo e investimento financeiro, o ensino técnico oferece rapidez, custo reduzido e aplicação imediata no mercado de trabalho. A grade curricular é voltada para a prática, com laboratórios, estágios e simulações que aproximam os alunos do cotidiano profissional.
Empresas de diversos setores também estão valorizando cada vez mais esse tipo de formação. Segundo pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), 7 em cada 10 empresas preferem contratar técnicos com experiência prática, mesmo que não tenham ensino superior completo. Isso porque os técnicos costumam ter maior domínio de processos operacionais e capacidade de resolver problemas específicos da rotina industrial e tecnológica.
Esse movimento também é acompanhado por uma expansão dos cursos técnicos em áreas emergentes, como análise de dados, automação, energias renováveis, logística e TI, o que torna a formação ainda mais atrativa para os jovens conectados às novas demandas da economia digital.